O lendário circuito de Spa-Francorchamps, palco de grandes conquistas na carreira de Lewis Hamilton, se transformou neste sábado (22) em cenário de um verdadeiro pesadelo. Pela primeira vez em anos, o heptacampeão mundial foi eliminado ainda no Q1 da classificação para o GP da Bélgica. Como resultado, largará apenas na 16ª posição — uma performance que chocou os fãs e acendeu o alerta vermelho na Mercedes.
“Foi incrivelmente doloroso… a sensação de impotência é devastadora”, desabafou Hamilton, visivelmente abalado. Com semblante fechado, o piloto admitiu que nunca se sentiu tão desconectado do carro como neste fim de semana.
Mercedes em crise?
Enquanto os rivais disputavam pole positions com carros cada vez mais competitivos, Hamilton enfrentava um monoposto instável, sem tração e sem ritmo. A equipe, que já vinha apresentando sinais de instabilidade em corridas anteriores, agora se depara com uma crise técnica que se torna cada vez mais evidente.
“O carro simplesmente não respondeu. É frustrante quando você dá tudo de si e mesmo assim não consegue competir”, afirmou o britânico.
Além disso, a falta de respostas claras por parte da engenharia só aumenta a tensão dentro da equipe.
Transição ou fim de uma era?
Com o futuro já definido na Ferrari para 2026, as atuações de Hamilton com a Mercedes em 2025 parecem cada vez mais distantes do nível que o consagrou. O abandono precoce na classificação reacende uma dúvida importante: estaríamos testemunhando os últimos capítulos da era Hamilton como protagonista na Fórmula 1?
Embora a corrida de domingo ainda ofereça possibilidades, o desafio é imenso. De 16º no grid, o britânico terá que escalar um dos pelotões mais difíceis da temporada. Assim, não bastará talento — será necessário um carro que finalmente corresponda.
Ou seja, o GP da Bélgica pode marcar não apenas um mau desempenho, mas um ponto de virada na trajetória do maior campeão da era moderna da F1.