Textor tenta recomprar Botafogo em meio a guerra corporativa com a Eagle

Nos bastidores da SAF do Botafogo, uma batalha jurídica e corporativa ganha contornos cada vez mais dramáticos. John Textor, atual controlador do clube, está tentando recomprar a SAF por meio de uma nova empresa sediada nas Ilhas Cayman. No entanto, ele enfrenta resistência direta da Eagle Football Holdings, envolvimento crescente da Justiça e condições duras impostas por antigos parceiros comerciais.

🔥 Pontos Polêmicos, Chocantes e Inesperados

Transferência de ativos como garantia

Como parte da operação de recompra, Textor transferiu contratos comerciais, direitos de transmissão, bilheteria e receitas de sócios para uma empresa offshore nas Ilhas Cayman. Embora a estratégia pretenda viabilizar o novo controle, a Eagle Football contesta judicialmente a legalidade da manobra, alegando desvio de ativos da SAF.

Venda de dívida com deságio vantajoso

A transação envolveu ainda a venda de uma dívida de €150 milhões por apenas €100 milhões para a empresa recém-criada por Textor. Paralelamente, o Botafogo contraiu um empréstimo de mesmo valor, com garantias baseadas em receitas futuras até 2029. Embora isso alivie o caixa no curto prazo, analistas alertam para riscos de comprometimento financeiro prolongado.

A guerra interna da holding

Em meio ao impasse, acionistas da Eagle Football entraram com ação judicial para suspender a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) e a Reunião do Conselho de Administração (RCA) de 17 de julho. Assim, eles argumentam que Textor agiu sem a devida autorização, o que violaria cláusulas contratuais e geraria conflito de interesses.

Condição de venda imposta: saída de Textor

Mesmo admitindo negociar a venda da SAF do Botafogo, a Eagle impõe uma exigência central: a saída definitiva de Textor do controle operacional. Ele, por sua vez, rejeita a proposta, aumentando o impasse e o clima de instabilidade nos bastidores do clube.

O que quer Textor com a recompra?

Textor afirma que deseja desvincular o Botafogo da estrutura europeia da Eagle, sobretudo do Lyon. Segundo ele, “o clube carioca financia a Europa, e não o contrário”. Para isso, tenta criar uma nova holding nas Ilhas Cayman. Além disso, ele conta com apoio financeiro do magnata grego Evangelos Marinakis, que ofereceu um empréstimo conversível. Caso Textor não pague a dívida, Marinakis poderá assumir o controle formal da SAF.

⚖️ Detalhes Surpreendentes e Ações Judiciais

A Justiça do Rio de Janeiro determinou o congelamento das ações da Eagle na SAF e ainda obrigou o grupo a pagar R$ 152,5 milhões ao clube. Essa decisão assegura, ao menos por ora, a permanência de Textor no comando.

Além disso, o Botafogo moveu uma ação contra o Lyon, cobrando uma compensação de €71 milhões por supostas manobras financeiras internas que prejudicaram diretamente o clube brasileiro.

📉 Consequências para o futuro do Botafogo

  • Risco financeiro elevado: O uso de receitas futuras como garantia e a diluição do capital aumentam a vulnerabilidade do clube no médio e longo prazo.

  • Imagem institucional abalada: Disputas judiciais e acusações públicas minam a confiança de investidores e patrocinadores.

  • Incerteza societária: A continuidade de Textor ou a possível saída da Eagle dependerão de desfechos judiciais e de complexas negociações internas.

Fonte: https://ge.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2025/08/05/textor-x-eagle-entenda-como-esta-a-briga-nos-bastidores-para-recomprar-o-botafogo.ghtml

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